Funcionários da Havan pedem demissão para pagar bets, diz Hang

Empresário gravou vídeo onde comentou que a situação afeta colabores, que precisam do valor da rescisão.

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Foto: Matheus Moreira
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O empresário Luciano Hang, proprietário das lojas Havan, com matriz em Santa Catarina, divulgou que o setor de Recursos Humanos (RH) da rede tem recebido uma série de pedidos de demissão de funcionários que precisam da rescisão para quitar dívidas de jogos de apostas online, setor em franca expansão no país.

A declaração foi feita em vídeo, publicado no início do mês, onde aparece junto com gerente de RH da Havan, Aurélio Paduano. Ao g1, nesta quarta-feira (24), a assessoria da Havan informou que ainda levanta o número de pedidos de desligamentos relacionados aos chamados bets

Está afetando os nossos colaboradores antigos, bem empregados. Líderes, às vezes, que ganham bem, estão perdidos nos jogos online, estão endividados, estão querendo fazer com que a empresa de a conta para eles, estão pedindo a conta para pagar as dívidas, informou.

No vídeo, Paduano comentou que a situação tem atingido pessoas que trabalham há mais de uma década na empresa. A Havan, que tem filiais em todo o país, afirma ter 22 mil colaboradores espalhados pelo país.

Têm situações em que eles não veem mais saída. E aí pedem até para largar seu emprego para saudar essas dívidas, né? Mas o problema não está nisso. O problema está nesse jogo e começa e não para. É muito grave.

Ao g1, a assessoria de imprensa da rede informou que o primeiro pedido de demissão relacionado a dívidas por jogos de apostas ocorreu no primeiro semestre de 2024, mas disse que as solicitações têm aumentando nos últimos meses e ainda é prematuro falar em números.

Bets

Desde o ano passado, o governo federal trabalha em uma regulamentação para definir os parâmetros de operação desses sites de apostas, um setor em franca expansão no país. Um levantamento do Banco Central aponta que os brasileiros gastaram cerca de R$ 20 bilhões por mês em apostas online nos primeiros oito meses de 2024.

A regulamentação está em andamento, e o governo diz que só vai fiscalizar ponto a ponto dessa adequação dos sites a partir de 2025. Mais de 2 mil sites, no entanto, já foram bloqueados porque nem sequer deram início ao processo de cadastro e regularização junto ao Ministério da Fazenda.

Fonte:

G1 SC

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