Falso médico é preso após fazer plantão em hospital de SC
Natural de Balneário Camboriú, suspeito usava registro profissional e nome de médico de SP.
Um homem de 26 anos foi preso após se passar por médico e chegar a fazer um plantão no Hospital Seara do Bem em Lages, na Serra de Santa Catarina. Para o atendimento, o suspeito usou o registro profissional e o nome de um médico de São Paulo.
A prisão, segundo a Polícia Civil, ocorreu na segunda-feira (23), quando o falso médico tentou atender em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O Conselho Regional de Medicina reforçou, em nota, a importância da verificação do registro ativo de médicos pelos gestores das instituições de saúde.
O suspeito já tinha, em seu nome, dezenas de ocorrências envolvendo crimes, especialmente estelionatos, segundo a Delegacia de Investigação Criminal.
Entenda
O homem foi descoberto, na segunda, ao ir até a UPA de Lages e tentar se cadastrar para realizar um plantão no local. O diretor do local, Fernando Aguiar, chamou o homem para conversar após uma desconfiança e acionou a Polícia Civil, que confirmou a ilegalidade dos documentos.
Segundo Aguiar, já havia informações sobre um incidente envolvendo o homem no Hospital Seara do Bem um dia antes, na segunda-feira (22). Procurada, a unidade de saúde confirmou o caso e disse que ele atuou em um plantão como terceiro médico, sob supervisão da médica responsável pelo plantão, realizando poucos atendimentos.
O plantão atípico em questão, de caráter único, teve como objetivo a avaliação técnica do CRM apresentado, uma vez que o indivíduo não possuía cadastro no hospital nem acesso ao sistema, disse.
A unidade de saúde foi questionada sobre como foi a contratação, por quanto tempo o suspeito atuou no local e quantos pacientes atendeu. Em nota, o hospital disse apenas que está em contato com todos os pacientes atendidos entre 17h e 23h do último domingo para monitoramento e, se necessário, novo atendimento.
A prefeitura de Lages também foi procurada e informou que a Unidade de Pronto Atendimento é gerida por uma empresa terceirizada. Afirmou que graças a ação rápida e eficaz da administração da UPA, ele não teve a oportunidade de entrar em contato com os pacientes.
De acordo com a Polícia Civil, o homem é natural de Balneário Camboriú, no Litoral Norte. Ele responde pela prática dos crimes de exercício ilegal da medicina e estelionato.