Estressada, cobra venenosa ataca biólogo em Santa Catarina

Biólogo acredita que serpente estivesse esperando filhotes e, por isso, estaria estressada.

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(Foto: Christian Raboch, Reprodução)
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Uma das cobras mais venenosas do Brasil deu trabalho ao biólogo Christian Raboch Lempek durante um resgate em Jaraguá do Sul. Estressado, o animal tentou atacar o especialista diversas vezes. A cobra, da espécie jararaca, foi encontrada ao lado da Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro Garibaldi. Com isso, o especialista da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) foi chamado para levar o animal até um lugar seguro.

— Ela media em torno de um metro e estava bem assim agressiva, estressada. Não dá para ter certeza, mas pelo tamanho, por ela estar inchadinha ali, eu acredito que talvez seja uma fêmea e esteja com filhote. Então, por isso que ela está mais agressiva dessa forma aí — explica o biólogo.

Em alguns resgates de jararaca, apesar da cobra ser peçonhenta, é mais tranquilo realizar a contenção. Esta, entretanto, tentou atacar o biólogo diversas vezes, que conseguiu esquivar. Além disso, Lempek também usava equipamentos de proteção. Além das tentativas de bote, outra atitude que demonstrava o estresse do animal era a ponta do rabo, que chacoalhava sem parar.

— Quando ela fica estressada e quer amedrontar algo que está por perto, além de dar bote, ela pode levantar o corpo, pode se inflar um pouquinho, mas ela também bate a cauda, para mostrar que ela está ali, que ela está nervosa. A mais conhecida por fazer isso é a cascavel, só que tem um guizo na ponta do rabo. Mas a jararaca e a caninana também batem o rabo quando estão estressadas — explica o biólogo.

Apesar das tentativas de atacar o biólogo, a serpente foi resgatada e devolvida para uma área de mata em segurança. Segundo Lempek, a Bothrops jararaca é uma espécie de serpente peçonhenta, a maior causadora de acidentes ofídicos, ou seja, com serpentes, no Sul do Brasil, sendo que o grupo Bothropss é o maior causador de acidentes do Brasil.

A orientação é que, caso um morador encontre um animal como este, chame o resgate. Algumas cidades como Jaraguá do Sul possuem órgãos como a Fujama, enquanto em outros municípios quem faz os resgates são os bombeiros.

O biólogo também explica que, caso a pessoa seja picada por um animal que pode ser peçonhento, tire uma foto do animal e mostre no hospital, que vai entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) para avaliar qual soro será utilizado. Isso porque, conforme Lempek, há quatro tipos de soros para cada grupo. Além disso, se a picada for de escorpião ou lagarta, a medicação usada é outra. A orientação é de que a população nunca pegue no animal e nem o leve junto até a unidade de saúde.

Fonte:

NSC

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