Estado muda regra para eleição de diretores nas escolas de SC

Baixa participação dos pais pode devolver prerrogativa de nomeação ao governo.

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Foto: Divulgação
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Um decreto do governo do Estado que muda as regras para a eleição de diretores nas escolas estaduais é alvo de polêmica na Educação. O principal ponto de controvérsia é a regra que determina que, caso a votação não atinja quórum mínimo de 50% entre estudantes, professores ou pais de alunos, a escolha será do Estado.

O impasse ocorre porque a participação dos pais de alunos nas eleições escolas é muito baixa em SC, historicamente. Isto tende inviabilizar a escolha pela comunidade escolar, dando ao Estado a possibilidade de nomear livremente os diretores, como ocorre com os cargos de confiança.

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Um levantamento feito pelo gabinete da deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação da Alesc, aponta que, nas últimas eleições para diretoria, quase 90% das escolas tiveram índice de participação dos pais ou responsáveis abaixo de 50% – o que, de acordo com as novas regras, invalidaria a escolha pela comunidade.

O governo defende que o quórum mínimo torna a eleição mais igualitária. A Secretaria de Educação tem explicado que pretende estimular a maior participação dos pais de alunos no processo eleitoral. Uma das alternativas é promover eventos na escola no mesmo dia da votação.

Outras duas mudanças que integram o decreto governamental, e que também têm repercutido na Educação, são a imposição de um limite de mandatos para os diretores – serão dois, no máximo – e indicação do cargo de assessor de direção, o “braço direito” na gestão escolar, que passa a ser das Coordenadorias Regionais de Educação.

Fonte:

NSC

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