O comércio de Campos Novos está enfrentando um problema urgente: a falta de vagas de estacionamento. O município, que tem experimentado um aumento significativo no fluxo de visitantes e compradores locais, não possui infraestrutura adequada para acomodar a demanda de veículos, resultando em reclamações frequentes tanto de moradores quanto de visitantes.

Para agravar ainda mais a situação, há quem diga que a falta de estacionamento se dá também porque os funcionários do comércio ocupam os espaços que deveriam ser dos clientes. Independentemente da causa, o que se espera é encontrar uma solução para um problema que se arrasta há anos.

Os moradores do município e até quem vem de fora já começaram a reclamar. Uma senhora que veio de Brunópolis para fazer compras ficou impaciente: “Não tem estacionamento nesse lugar, fiquei horas tentando achar”, relatou. Quem mora aqui faz a mesma reclamação: “é difícil ir ao comércio porque não tem onde deixar o carro, comentou um jovem camponovense.

Algumas entidades apontam a implantação da Zona Azul como uma medida necessária para aliviar esse problema. Apesar de inúmeras reuniões, a Zona Azul não sai do papel. As entidades comerciais, incluindo a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), são altamente favoráveis à implantação, mas a iniciativa precisa do apoio e ação decisiva do poder público. De acordo com a equipe de trânsito da Prefeitura de Campos Novos, a Administração já pediu ao Comutran para a realização de levantamento de ruas do comércio para a implantação da zona azul.

Marcos Giovane Silva, presidente da CDL, destacou a complexidade do tema e a necessidade de ações diversas para resolver a situação. “A implantação da Zona Azul depende da prefeitura. Em reuniões apresentamos algumas necessidades antes da implantação, como a criação do cargo de agente de trânsito para poder fiscalizar essas vagas. E aí viabilizar a exploração da zona azul por parte de alguma empresa especializada. As entidades são altamente favoráveis a implantação, mas depende muito mais da Prefeitura que é quem realmente tem atribuições de colocar isso em prática”, afirmou, indicando também que o uso consciente das vagas, ocupando apenas uma por veículo, e a utilização de terrenos não utilizados como estacionamentos provisórios.

Para os funcionários que vão ao trabalho de carro, o transporte coletivo seria uma solução? Para Giovani, a ação não seria útil. “Durante o horário de almoço, o tempo de deslocamento de até uma hora deixa pouco tempo para que os trabalhadores possam se alimentar e retornar ao trabalho. A maioria que utiliza transporte coletivo leva de 20 a 30 minutos por trajeto, resultando em 40 minutos a 1 hora de deslocamento, sobrando apenas 30 minutos para almoçar. Quem mora perto do centro não justifica o transporte, então é um tema bem complexo, sem falar que muitos levam filhos para a escola nesse período, explicou Silva.

As entidades comerciais continuam em busca de soluções eficazes para garantir que o crescimento do comércio de Campos Novos não seja comprometido pela falta de estacionamento, mantendo assim o fluxo de clientes e a satisfação dos comerciantes e consumidores.