Enfermeiro suspeito de estupro em hospital de Lages é exonerado do cargo
A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o caso.
Um homem suspeito de estuprar uma paciente internada no Hospital e Maternidade Tereza Ramos (HTMR), em Lages, na Serra Catarinense, na última quinta-feira (23), foi exonerado do cargo de enfermeiro na tarde desta sexta-feira (24). A informação foi confirmada pela direção da unidade de saúde.
A diretora-geral do HTMR informou à reportagem da Rádio Clube de Lages que o homem era funcionário admitido em caráter temporário (ACT), através de sua aprovação em um processo seletivo da unidade. Segundo ela, o próximo passo é a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), pela corregedoria, para que o suspeito não retorne às suas atividades empregatícias no hospital.
Receba as notícias em seu celular! Entre em nossa comunidade no WhatsApp - Clique Aqui!
Sobre a denúncia, a Polícia Civil afirmou que está apurando o caso e não pode, no momento, divulgar qualquer informação, em razão do sigilo da investigação. Mas, segundo a delegada Luciana Rodermel, a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) apura a denúncia.
Entenda o caso
A Delegacia Regional de Polícia de Lages, na Serra Catarinense, recebeu uma denúncia sobre um estupro que teria sido cometido por um enfermeiro contra uma paciente internada no Hospital e Maternidade Tereza Ramos (HTMR). O caso ocorreu na madrugada desta quinta-feira (23), e a unidade de saúde registrou um boletim de ocorrência.
À reportagem da Rádio Clube de Lages, a mulher relatou que estava internada com uma doença pulmonar. Na noite do caso, o enfermeiro teria agido de forma invasiva durante o atendimento e dado uma medicação diferente à paciente.
“Ele fez isso duas vezes, ele cometeu isso, saiu do quarto e voltou novamente a fazer isso comigo de novo. Do mesmo jeito que ele fez comigo, ele me deixou, só jogou a coberta por cima de mim e pronto. Me acordei desesperada, umas 5 ou 6 horas da manhã, veio uma enfermeira muito querida. Fui olhar o lado da minha cama e as minhas partes íntimas, e realmente o calção e a calcinha estavam arredados. Quando contei para a enfermeira eles não deixaram chamar a polícia na hora, mas as meninas, em si, me trataram muito bem, tomaram a minha dor, foram pessoas responsáveis comigo, inclusive a direção do hospital”, relatou a paciente.
Ainda na manhã do dia em que teria acontecido o abuso sexual, a mulher afirma que a diretora-geral do Hospital e Materinidade Tereza Ramos, Cristina Subtil, acionou a Polícia Civil para realizar uma perícia.
Nota do Hospital Tereza Ramos
Na manhã desta sexta-feira (24), o hospital publicou uma nota onde afirma que, após o conhecimento da denúncia, foram acionados todos os órgãos responsáveis para a apuração.
O hospital afirma que está à disposição da paciente para quaisquer esclarecimentos e que todas as medidas administrativas necessárias sejam tomadas, inclusive a restrição de atividades dos profissionais envolvidos.
Veja a nota completa:
Imediatamente após conhecimento da denúncia, os órgãos responsáveis pela a apuração do caso foram acionados, a saber, as Polícias Civil e Científica, as quais compareceram ao Hospital e já iniciaram os procedimentos cabíveis.
Conforme orientação da Polícia Civil, o caso é investigado sob absoluto sigilo, razão pela qual não podemos fornecer qualquer informação neste momento.
Até a publicação desta matéria, não conseguimos o contato do advogado que representa o profissional que estaria envolvido no caso.