Em Concórdia, MP recomenda anulação da votação da Mesa Diretora da Câmara

Órgão diz que houve inobservância de proporcionalidade entre partidos políticos.

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Imagens: SCGás/Divulgação/ND
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O Ministério Público de Santa Catarina da Comarca de Concórdia protocolou um documento recomentando a anulação da eleição ocorrida em dezembro de 2022 e a realização de uma nova eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Concórdia. Essa recomendação está fundamentada no Inquérito Civil n. 06.2023.00000262-9, que diz o seguinte:

 “... o qual foi instaurado para apurar irregularidades na eleição da Mesa Diretora do Legislativo Municipal de Concórdia, realizada em 5-12-2022, nas dependências da Câmara Municipal de Vereadores, notadamente em decorrência da inobservância de proporcionalidade entre partidos políticos; ”

 O atual presidente da Câmara de Vereadores, Fábio Ferri (PL), comentou sobre esse caso para a Rádio Rural. “Segunda-feira vamos ver essa questão com a assessoria jurídica da Câmara de Vereadores para estudar sobre a pauta e ver como proceder”, informou Ferri.

 O MPSC estabeleceu um prazo de 10 dias para que a presidência da Câmara faça os encaminhamentos legais. Caso não aconteça, o MP poderá ingressar com demanda judicial em busca de uma sentença, sendo assim, visando uma nova eleição no Legislativo Municipal.

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 O Ministério Público ainda considerou que ‘a representação proporcional dos partidos políticos nas comissões parlamentares das Casas Legislativas, nos três planos do poder político (federal, estadual e municipal), constitui, segundo a doutrina e a jurisprudência, um direito público constitucional subjetivo. À luz do regime positivo constitucional, trata-se, pois, de uma inquestionável prerrogativa político-jurídica atribuída aos Partidos Políticos, que não pode ser anulada ou mesmo minimizada por lei infraconstitucional ou pelos regimentos internos das Casas Legislativas. (MENDES, 2017, p. 6371);

A Reportagem da Rádio Rural conversou com o presidente do PSDB de Concórdia, José Anibal Dambrós, que comentou que irá aguardar a manifestação do atual presidente da Câmara e após isso se reunirá com a executiva do PSDB, juntamente com os vereadores, para analisar a pauta e definir uma posição do partido quanto ao assunto. 

A Eleição

Com uma eleição acalorada, a Chapa 1, composta pelos vereadores do Partido Liberal (PL): Fábio Ferri, Anderson Guzzatto, Jaderson Miguel e João Reitel, foi eleita por 9 votos. A Chapa 2, composta pela oposição, foi formada pelos vereadores: André Rizelo, Comassetto, Margarete Dalla Costa e Ingrid Fiorentin, onde obteve somente 4 votos. Sendo assim, o PSDB cumpriu o acordo e votou na chapa indicada pelo PL.

 A nova mesa diretora ficou com a seguinte composição. O presidente da Câmara de Vereadores a partir do dia 01 de janeiro de 2023 será Fábio Ferri, vice-presidente será Anderson Guzzatto, primeiro-secretário Jaderson Miguel e segundo-secretário João Reitel.

Referente ao acordo, lembrando que depois das eleições 2020, com a coligação PSDB/PL tendo a maioria na Câmara de Vereadores, ocorreu um acordo entre os partidos, sendo que nos dois primeiros anos, 2021/2022, a presidência ficaria com os Tucanos, a cargo de Fabiano Caitano e os dois últimos anos com os Liberais. Após momentos de muita tensão, principalmente de sexta-feira até o domingo, o PSDB cumpriu o acordo firmado em 2020, porém com ressalvas, como citaram alguns vereadores tucanos.

Fonte:

Rádio Rural

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