El Niño ganha força e pode atingir maior intensidade dos últimos sete anos em SC

Fenômeno deste ano se iguala ao de 2016 conforme ganha intensidade.

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Em dezembro, o El Niño deve ganhar mais força e chegar a patamares que não eram registrados há pelo menos sete anos. Com isso, o verão promete ser mais quente e com eventos extremos, como chuvas mais intensas.

A previsão é do professor do curso de Meteorologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), Mário Quadro. Ele explica que a força do fenômeno é definida pela variação na temperatura do Oceano Pacífico. Este ano, a anomalia ainda não chegou a 2°C, mas pode chegar em dezembro, mês do pico do fenômeno.

O mês de dezembro é o mês onde ele é mais intenso, e aí espera-se que em média supere 2°C, ou fique próximo de 2°C, ficando entre a categoria forte e muito forte, do El Niño, explica.

Um fenômeno tão forte quando o deste ano foi registrado em poucas ocasiões. Os registros mais recentes foram em 1982 e 1983, 1997 e 1998, e entre 2015 e 2016. Com isso, segundo Quadro, os impactos são sentidos na primavera, como foi em Santa Catarina, com outubro e novembro de chuva intensa.

Já para o verão, no entanto, o impacto trazido pelo El Niño é o aumento em geral das temperaturas, e chuvas de verão mais significativas. Estes eventos mais fortes se estendem até o outono, e às vezes até o inverno, explica o professor.

O ano que esse fenômeno começa, neste caso 2023, é considerado o Ano 0. Já o ano seguinte, quando ele encerra sua atuação, é o Ano 1. É no Ano 1, 2024, que as chuvas devem voltar ao Sul do país.

Fenômeno El Niño vai garantir verão excepcional para SC

A força do El Niño, no entanto, não é o único fator que influencia o impacto e intensidade das chuvas. Em 2008, por exemplo, quando boa parte do Vale do Itajaí sofreu com chuvas fortes, enchentes e deslizamentos, não teve um El Niño forte. Entre 2015 e 2016, quando a anomalia foi semelhante a deste ano, não teve eventos tão impactantes.

É o indício, obviamente, que vai ter chuvas mais intensas, mas o impacto depende muito da região onde a chuva acontece.

Fonte:

NSC

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