Dor de cabeça pode ser resultado de problemas bucais

A dúvida sempre surge sobre qual especialista procurar na hora em que a dor de cabeça não passa.

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A dúvida sempre surge sobre qual especialista procurar na hora em que a dor de cabeça não passa. No início, as dores podem ser eventuais, esporádicas e associadas a diversas causas, desde emocionais, digestivas e até climáticas. Porém, quando se tornam frequentes, em intensidade que aumenta gradativamente ou acompanhadas de outros sintomas, é preciso procurar um profissional para entender a origem do problema e tratá-lo. “Geralmente as pessoas procuram um médico, mas muitas vezes a dor de cabeça pode estar relacionada à saúde bucal”, explica o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial e mestre em lasers em odontologia, Silvio Mauro Gallon, da Clínica Arte e Face de Chapecó.

Procurar um médico é sem dúvida uma escolha coerente. Entretanto, nem todas as dores de cabeça são de responsabilidade médica. O diagnóstico nem sempre é simples e o método de obtê-lo é pela eliminação das causas mais prováveis. “Pacientes que já fizeram várias consultas e exames nas diversas áreas, chegam com frequência nos consultórios odontológicos, muitas vezes, até desesperançosos na busca por tratamento”, ressalta Gallon. As alterações de função, presença de infecções, formação de cálculos (pedra) nas glândulas salivares e outras causas podem gerar dores de cabeça e devem ser motivos de investigação para as situações em que as causas mais comuns não são encontradas. Muitas cefaleias podem estar associadas aos dentes, músculos e ossos faciais. O especialista alerta que pela intimidade da face com o crânio, e por seus músculos estarem interligados, muitos problemas como o apertamento dental podem refletir em dores na região da cabeça e do pescoço. “O apertamento contínuo dos músculos, por vezes involuntário, leva ao aumento do tônus muscular, que o deixa mais forte para apertar mais. Forma-se um círculo vicioso que mantém a dor”, assinala. Fatores como a depressão, o estresse e a ansiedade estão fortemente associados às dores agudas da articulação temporomandibular (ATM). Muitas dores são diretamente da estrutura muscular, como a fadiga, pelo excesso de carga durante o apertamento. Outras são mais agudas, difíceis de suportar e muito intensas. Elas ocorrem diretamente na articulação, entre a mandíbula e o crânio, logo à frente do ouvido, e são decorrentes de processos inflamatórios ou degenerativos da articulação. Outras dores comuns são as de origem puramente dental, por conta do sofrimento do feixe nervoso existente dentro de cada dente ou até a sua morte, chamada necrose pulpar. Essas dores quando ocorrem com muita intensidade podem irradiar a dor para os ossos da face e do crânio, levando o paciente a pensar em algo além dos dentes. Quando acomete dentes localizados mais ao fundo da arcada dentária superior, pode ocorrer uma sinusite infecciosa, também acompanhada de dor e desconforto. Tratamento Uma vez diagnosticada a relação entre as cefaleias e problemas da boca e da face, muitas formas de tratamento podem ser necessárias. No caso de infecção dentária, o tratamento do canal do dente infectado é suficiente para a solução do problema. “Nas dores de origem muscular, fisioterapia, relaxantes musculares e dispositivos que desprogramam a musculatura são importantes para reverter o quadro. Quando há um quadro de depressão associado, o psiquiatra ou psicólogo deverão ser consultados e, muitas vezes, é indicada alguma medicação antidepressiva”, complementa. Em casos mais severos, onde a ATM já sofreu alterações físicas, a alternativa pode ser cirúrgica, em que o objetivo vai desde recolocar o disco articular na posição normal até a troca da articulação doente por uma artificial, através de uma prótese de ATM. “É preciso compreender que o tratamento das cefaleias depende do seu diagnóstico correto. Quando as dores são constantes, o paciente deve saber da necessidade de uma avaliação odontológica, que poderá, muitas vezes, tratar o problema”, finaliza.

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