Dois sãos condenados pela morte de Alexandre Humenhuk

Um ano, um mês e dez dias depois do assassinato de Alexandre Humenhuk, a sensação da família do rapaz é de justiça.

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Um ano, um mês e dez dias depois do assassinato de Alexandre Humenhuk, a sensação da família do rapaz é de justiça. Nesta terça-feira, dia 19, Rafael Ferraz dos Santos, de 24 anos, foi condenado a 18 anos e quatro meses de prisão. Gerald Ribeiro, de 19 anos, vai cumprir 15 anos e oito meses. A condenação de ambos foi por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima). Além disso, a pena foi majorada pela ocultação de cadáver e coação de menor. O crime aconteceu entre o final da noite do dia 8 e o início da madrugada de 9 de março de 2010 em Ponte Serrada.

Os dois começaram a ser julgados às 8 horas da manhã desta terça, na Associação Atlética Aimoré. Centenas de pessoas lotaram o clube. A leitura da sentença começou a ser proferida às 23h08. O julgamento durou menos tempo do que o esperado devido à dispensa da réplica por parte do Ministério Público. Com isso, os advogados de defesa não tiveram direito à tréplica e algumas horas de júri foram reduzidas. O relógio marcava 20h30 quando os jurados deixaram a sessão para começar a votação, que culminou na condenação dos réus. Valdecir Pinto Ribeiro, de 25 anos (Pintinho), também é acusado de participação no assassinato. Ele só não foi submetido a julgamento ainda porque a defesa entrou com um recurso. No entanto, permanece detido no Presídio Regional de Xanxerê. Além dele, Rafael e Gerald, outros dois menores na época teriam participado do crime. Alexandre teve o último contato com a família na noite de 8 de março de 2010. Neste dia, disse para a mãe, Delci Wrubel (Nina), que iria sair de casa, mas logo retornaria. Ele deixou a residência e seguiu até a moradia de Rafael, no Bairro Cohab V. O destino do jovem seria uma violenta surra na casa de Rafael, com torturas que duraram horas, antes de ser levado a um banhado, no interior de Ponte Serrada, e ser morto por asfixia. Além de Rafael, na casa estavam outros dois menores, que ajudaram nas agressões, com socos e pontapés. Gerald chegou depois. Foi quando Rafael tentou persuadir o rapaz a emprestar o carro para que a vítima fosse levada até a propriedade rural, mas ele negou-se. Rafael então ligou para Valdecir Pinto Ribeiro, de 25 anos, que chegou até a casa com um veículo VW/Logus. A vítima foi colocada no carro e levada até a propriedade, em um local sete quilômetros distantes da cidade. Dentro de um banhado, Alexandre teve a cabeça mergulhada na lama até ser morto afogado. Em seguida, o corpo do jovem foi encoberto no meio do mangue. Ao longo de três meses de investigação, a Polícia Civil de Ponte Serrada foi fechando o cerco contra os autores do homicídio. Cientes de que Rafael era homem forte do tráfico de drogas, um mandado de busca e apreensão fez com que as autoridades chegassem a um flagrante na tarde do dia 9 de junho de 2010. Exatamente 90 dias depois do assassinato, Rafael foi detido dentro da própria casa. Os demais envolvidos foram descobertos logo em seguida. Após o julgamento, Rafael Ferraz dos Santos e Gerald Ribeiro retornaram para o Presídio Regional de Xanxerê, onde cumprem pena já há quase um ano, desde que o homicídio foi esclarecido. Os dois devem permanecer presos em regime fechado.

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