Doação de órgãos: diretor da SC Transplantes esclarece dúvidas

Mitos e boatos podem ser obstáculos na hora da família autorizar doação.

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Mitos e boatos sobre a doação de órgãos acabam sendo obstáculos na hora da família autorizar a doação. As informações falsas deixam os parentes ainda mais inseguros em um momento em que já é difícil de se tomar uma decisão.

Depois da notícia da morte, a família fica abalada. Por isso os coordenadores da SC Transplantes esperam algumas horas para falar sobre a doação e respeitam o tempo que for preciso para ter a resposta. Essa espera pode levar de poucas horas até alguns dias. O mais importante é salvar vidas.

Em Santa Catarina, 70% das famílias dizem sim para a doação. Para os 30% que ainda têm perguntas, o diretor da SC Transplantes, Joel de Andrade, esclareceu dúvidas sobre doações. Confira abaixo perguntas e respostas:

Em caso de morte encefálica, há chance de sobrevivência do paciente?

O indivíduo em morte encefálica é essencialmente um indivíduo morto. Se os critérios técnicos foram bem aplicados na elaboração desse diagnóstico, não há a mínima chance que esse indivíduo volte a ter atividade neurológica e volte a viver.

Há alguma religião que impeça a doação de órgãos?

Oficialmente, as religiões são bastante favoráveis à doação de órgãos. Até mesmo as testemunhas de Jeová, que são contra a transfusão de sangue, não têm uma posição oficial contra a doação de órgãos.

O corpo de um doador precisa ser velado em um caixão lacrado?

Não há necessidade nenhuma que seja em caixão lacrado. A doação não impõe nenhuma necessidade adicional e normalmente os corpos reconstituídos podem ter o velamento tradicional.

Até que idade é possível fazer a doação de órgãos?

Existem algumas limitações relacionadas à idade, mas cada vez mais se aceita doadores idosos. Tivemos há pouco no Brasil um doador de 89 anos e o receptor de 79 anos, que recebeu o fígado. Evoluiu muito bem.

Se a família não autorizar, não é possível a doação?

Quem decide a doação é a família. Mas é sempre bom lembrar: se você falou para a sua família que é doador, resposta certa, eles vão autorizar.

Fonte:

G1/SC

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