Dieta da autofagia: além de emagrecer, processo promete ajudar você a viver mais

Uma das dietas mais comentadas do momento, pois a estratégia alimentar está ligada ao jejum intermitente. Saiba mais!

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Novas estratégias nutricionais estão sempre surgindo junto a novas pesquisas e descobertas científicas. Atualmente, uma das mais comentadas é a dieta da autofagia, um padrão alimentar associado à longevidade e à perda de peso. Trata-se de um processo de regeneração natural em nível celular no corpo que, consequentemente, reduz a probabilidade do surgimento de algumas doenças, aumentando a expectativa de vida. 

Autofagia e emagrecimento

O termo autofagia vem do grego e significa comer a si mesmo. A autofagia celular é um processo natural em que as células comem partes de si mesmas - e, assim, eliminam toxinas e reciclam nutrientes. 

Há estudos que analisam se é possível criar dietas ricas em nutrientes que estimulam as proteínas causadoras da autofagia. Além disso, existe uma associação desses métodos com benefícios no controle de peso, sendo uma estratégia positiva para quem busca o emagrecimento.

Jejum intermitente 

Em 2016, o biólogo japonês Yoshinori Ohsumi recebeu o Nobel de Medicina por um estudo em que aborda a autofagia e seus benefícios. Com isso, outros pesquisadores começaram a entender que existe uma associação da restrição alimentar - ou seja, o jejum - com a renovação celular. Isso pode acontecer quando a célula está em situações de estresse, como quando a pessoa deixa de se alimentar por determinado período. 

Esse é um dos motivos que levam muitas pessoas a praticar o jejum intermitente. O método mais conhecido é o protocolo 16/8, quando você jejua todos os dias por um período de 14 a 16 horas, e conta com uma janela alimentar por 8 a 10 horas. Entretanto, os estudos disponíveis ainda não mostram com clareza qual o período de jejum mais eficaz para ocorrer a autofagia. 

Além do jejum, o que também ajuda a estimular o processo é aumentar o consumo de alimentos ricos em resveratrol, um poderoso antioxidante e “faxineiro” celular.

Relação com a dieta cetogênica

Além do jejum intermitente, há estudos que tentam desvendar quais seriam os alimentos que estimulariam a autofagia. Uma alimentação seguindo a linha da dieta cetogênica - rica em gordura e muito baixa em carboidratos - funcionaria de maneira semelhante ao jejum e, consequentemente, estimularia a autofagia das células.

Segundo essa teoria, a dieta rica em gorduras forçaria o corpo a passar por algumas mudanças importantes à medida que as vias metabólicas são deslocadas para que o corpo comece a usar gordura como combustível, em vez de glicose.

O que diz a ciência

Há alguns estudos sobre o mecanismo de ação dessa estratégia em animais como camundongos, em que pode-se observar os efeitos do jejum no cérebro e no fígado de forma mais rápida. Apesar disso, ainda não há pesquisas concretas que mostrem a ação em humanos e também não está claro quanto tempo nós precisamos seguir o jejum para sentir os efeitos da autofagia. 

Os cientistas salientam ainda que é preciso bom senso para garantir o aporte de nutrientes necessários durante a janela alimentar. A autofagia tem sido cada vez mais estudada, mas ainda há muito o que descobrir sobre o método - por isso, muito cuidado ao aderir a dietas e comportamentos alimentares sem o acompanhamento do seu médico ou nutricionista.

Fonte:

Gaúcha Zero Hora

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