Conheça o Projeto Entrelaços: Arteterapia como Caminho para o Cuidado e Bem-Estar de Educadoras

Projeto realizado em Joaçaba resgata sentidos e promove o autocuidado de professoras da educação básica.

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A arte-educadora Carol Brunoni, de Joaçaba, conduziu um projeto inovador de arteterapia entre julho e dezembro de 2024, na Casa da Cultura de Joaçaba. O projeto, intitulado Entrelaços, a arte de entrelaçar sentidos, envolveu cerca de vinte professoras da educação básica, que participaram de vivências semanais focadas no resgate e encontro de sentidos pessoais.

A saúde dos educadores no Brasil tem sido uma preocupação crescente, com diversas pesquisas destacando a complexidade da situação. A urgência do cuidado com esses profissionais levou à sanção de duas leis federais entre o final de 2023 e o início de 2024, incluindo a Lei 14.681 de 2023, que institui a Política de Bem-Estar, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho e Valorização dos Profissionais da Educação.

Dentro desse contexto, o projeto de Carol Brunoni se desenvolveu como uma resposta às necessidades das professoras, abordando temas como adoecimentos sérios, recuperação de doenças graves, sintomas de transtornos de ansiedade e depressão, e a necessidade de autocuidado. As práticas foram embasadas em pesquisas de autoras renomadas como Nise da Silveira, Graciela Ormezzano, Sara Paín, Glicia Manso, Ana Claudia Valladares-Torres e Angela Philippini, além do suporte de profissionais da Universidade de Passo Fundo.

A arteterapia, por sua natureza complexa e cheia de possibilidades, requer um olhar atento e respeitoso para os conteúdos internos das participantes. O projeto valorizou a escuta, o acolhimento e a reflexão, respeitando os aspectos intuitivos, emocionais e individuais de cada professora. Como Leonardo Boff (1998, p.9) afirmou: Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto.

As vivências arteterapêuticas permitiram que cada professora expressasse suas histórias, experiências e interpretações de maneira única, sem julgamentos de certo ou errado, bonito ou feio. O respeito pela individualidade e pessoalidade de cada participante foi a premissa fundamental do projeto, proporcionando um espaço seguro para a expressão artística e o processamento de informações pessoais.


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