Com mais de uma morte por dia, SC vive 'boom' de câncer de próstata

Em 272 dias ao menos 439 mortes por câncer de próstata foram registradas em Santa Catarina.

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Nos nove primeiros meses do ano Santa Catarina já registrou 439 mortes por câncer de próstata no Estado. Os dados da SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina) mostram que a cada dia 1,6 homens morreram da doença no Estado.

Além das mortes, que foram divulgadas com dados até o fim de setembro, estimam-se 1.700 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025. Ou seja, todos os dias ao menos um homem vai descobrir que tem a doença no Estado.

O que é o câncer de próstata?

O câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, que somente são prescritos a partir da suspeita de um caso por um médico especialista.

O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte. Esse efeito é conhecido como metástase.

Além do exame

Segundo o médico oncologista Dr. Rodrigo Rovere, que atua na Oncoclinicas de Florianópolis, é preciso focar não apenas em exames de detecção precoce da doença, mas em preveni-la como um todo.

“O câncer de próstata é um dos cânceres mais comuns do mundo, e aumenta com a idade. Existem alguns fatores que não conseguimos modificar, mas alguns conseguimos e é neles que devemos focar”, explica. E continua:

“Para isso, recomendamos sempre uma alimentação equilibrada aliada a prática de exercícios físicos. Além disso, é preciso que se evitem substâncias como álcool e tabagismo”, cita. Rovere explica que a partir dos 45 anos os homens devem procurar um médico urologista para fazer uma possível detecção precoce da doença.

“O que devemos trabalhar é a conscientização dos homens, que devem procurar um médico. Os profissionais devem ser procurados não só para prevenção de tumores, mas para prevenção de colesterol, por exemplo, e para detecção de uma série de enfermidades diminuindo o impacto das doenças nestes indivíduos”, finaliza.

Como funciona o exame?

Segundo o Ministério da Saúde, para investigar os sinais e sintomas de um câncer de próstata e descobrir se a doença está presente ou não, são feitos basicamente dois exames iniciais.

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    Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata;
  • Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.

Sintomas

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:

  • Dificuldade de urinar;
  • Demora em começar e terminar de urinar;
  • Sangue na urina;
  • Diminuição do jato de urina;
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

Tratamento

O tratamento para o câncer de próstata é feito por meio de uma ou de várias modalidades/técnicas de tratamento, que podem ser combinadas ou não. A principal delas é a cirurgia, que pode ser aplicada junto com radioterapia e tratamento hormonal, conforme cada caso.

Quando localizado apenas na próstata, o câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns casos especiais. No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada paciente, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente.

Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).

Fonte:

ND+

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