Cinco cidades do Estado têm apenas um candidato concorrendo à prefeitura, a maioria no Oeste

Em caso de desistência do candidato ou desclassificação, a Justiça Eleitoral deve convocar novas eleições.

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© Fábio Pozzebom/Agência Brasil
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Candidatos a prefeito de cinco cidades de Santa Catarina precisam de apenas um voto para serem eleitos nas eleições municipais de 2024. O caso acontece porque eles são os únicos candidatos à prefeitura dos municípios de Iraceminha, Meleiro, Ouro, Peritiba e Planalto Alegre.  

Em Iraceminha, município do Oeste catarinense que conta com 3.986 mil habitantes, o único candidato que concorre à prefeitura é Roberto Foresti (PL). Em Peritiba, na mesma região, Paulo José Deitos (PL) é quem disputa a reeleição. O município tem 2.992 habitantes. 

Na cidade de Planalto Alegre, de 2.946 habitantes, ainda no Oeste, Evandro Cleber Bet (PSD) é o único candidato a prefeito. Em Ouro, no Meio-Oeste de Santa Catarina, com 7.032 habitantes, Claudir Duarte (PL) é quem concorre também buscando a reeleição. Já em Meleiro, no Sul do Estado, de 7 mil habitantes, Anderson Scardueli (PL) precisa de apenas um voto para se eleger. 

O caso, no entanto, não é restrito a Santa Catarina. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em todo o país, 217 municípios têm apenas um candidato a prefeito.

Segundo Daniel Pinheiro, professor de Administração Pública, as eleições municipais nessas cidades onde há apenas um candidato concorrendo a prefeitura, ocorrem de forma normal, mesmo que estejam “praticamente eleitos”. 

— Nesses casos, a gente tem uma baixa representação e, consequentemente, o eleitor tem uma impossibilidade de escolha do melhor plano, a melhor ideia, enfim, aquilo que ele deseja — diz o professor. 

Em caso de desistência do candidato ou desclassificação, a Justiça Eleitoral deve convocar novas eleições. Nas eleições municipais de 2020, duas cidades de Santa Catarina elegeram prefeitos com apenas um voto válido: Barra Bonita, no Oeste, e Morro Grande, no Sul o Estado.

— Acho que quase toda eleição aparece casos assim. É algo que já vem sendo discutido até nas últimas rodadas porque não há entendimento. Mesmo que alcançando um voto válido esse candidato já pode se eleger, não tem nenhum dispositivo contrário a isso. Acaba sendo bem desestimulante para o eleitor — comenta Daniel.

Fonte:

NSC

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