Chegada do inverno acende alerta para nova e ‘pior onda’ da Covid-19 em SC
Incidência de doenças respiratórias e casos de Covid-19 devem aumentar durante a estação.
A aproximação do inverno inspira cuidados rigorosos diante da tendência de aumento no número de casos de Covid-19 em Santa Catarina. Com os hospitais lotados e o aumento da letalidade, a situação acende um alerta quanto a uma nova onda de casos ainda mais grave, segundo Eduardo Macário, superintendente de Vigilância em Saúde do Estado.
De acordo com Macário, a incidência de doenças respiratórias costuma crescer na região Sul entre os meses de maio a setembro. A experiência com o vírus no último ano demonstrou que o número de casos de Covid-19 também segue essa tendência durante os meses frios.
Agora, a estação chega justo quando o Estado está com todas as regiões em nível gravíssimo, segundo o mapa de risco divulgado no último sábado (17).
“A preocupação é que ainda estamos no platô de casos e com os hospitais cheios. Com o aumento no inverno, podemos ter a pior onda da transmissão da Covid-19”, afirma o superintendente.
Os dados da secretaria de Saúde atestam que os hospitais ainda operam em capacidade máxima. O número casos ativos teve uma ligeira melhora, com redução de 26% nas duas últimas semanas. São cerca de 20 mil casos ativos nesta terça-feira (20), segundo o último boletim.
“Se tiver aumento brusco na próxima semana, pode ser fatal para o sistema”, alerta Macário. A situação iria na contramão da melhora registrada, prolongando a atual onda de casos.
Evolução da pandemia
O superintendente afirma que Santa Catarina já enfrentou três ondas de Covid-19. A primeira ocorreu entre os meses de maio e julho de 2020, quando começou o inverno, enquanto a segunda ocorreu entre os meses de novembro e dezembro. A atual onda é a mais grave, e teve início em março.
“O número de pacientes hospitalizados é maior agora. O sistema triplicou a capacidade de atendimento, mas ainda está superlotado”, conforme Macário. O último boletim epidemiológico registrava 116 pacientes em espera por UTI.
A esperança tem sido a vacinação e a maior conscientização da população quanto ao uso de máscara, considera o superintendente, comparando com as ondas anteriores. Cuidados como o uso de álcool gel, distanciamento e ventilação seguem fundamentais.