Celesc corta energia da maior roda-gigante itinerante da América Latina por uso de “gato”
A roda-gigante, de 34 metros, está instalada em Florianópolis.
A maior roda-gigante itinerante da América Latina, instalada em Florianópolis (SC), foi desligada pela Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). A luz foi cortada depois da empresa receber uma denúncia de um suposto “gato”. Na terça-feira (11), os fiscais foram até o local e constataram a irregularidade.
Em nota, a Celesc explica que cortou a luz por haver ligação irregular. “Para garantir a segurança da população, a Celesc desligou nesta terça, 11, a energia da Roda Gigante montada na Beira-Mar Norte, em Florianópolis. O fornecimento de energia estava irregular, sem autorização da Celesc. Técnicos da Companhia e da Prefeitura Municipal de Florianópolis estão reunidos neste momento para discutir a situação. Será necessário montar um padrão de energia para que a energia seja restabelecida”.
Segundo o Portal OCP News, o autor da denúncia foi o vereador Afrânio Bopré. Ele usou a tribuna da Câmara Municipal de Florianópolis para protocolar uma reclamação na ouvidoria da Celesc.
Secretário fala sobre o caso
Ed Pereira, Secretário de Esporte, Cultura e Juventude de Florianópolis, disse ao G1 que houve uma falha administrativa. “Esse foi o erro. O Pró-Cidadão fez o pedido para a SQE Luz, quando deveria ter feito o pedido também para a Celesc. O correto é pegar o protocolo no Pró-Cidadão e com o alvará ir na Celesc. Nós achávamos que a roda-gigante iria funcionar com gerador próprio”, comentou.
Responsável pela roda-gigante terceirizou o serviço
O responsável pela roda-gigante, André Martins, revelou ao G1 que terceirizou o serviço de instalação elétrica.
“Não sei se foi falta de comunicação ou própria inexperiência, mas ele realizou a solicitação para a SQE Luz e não para a Celesc. Estava em funcionamento, com toda a documentação necessária, quando um vereador acusando de gato. Liguei para o profissional, ele falou com prefeitura, tem documentação. Como é pedido temporário, não havia necessidade de colocar relógio, como vereador alegou. Desligaram energia, teve reunião, não teve nada de roubo de energia, a Celesc voltou e fez a medição, não há necessidade. Eu não pagaria R$ 8 milhões em um equipamento daquele para roubar energia. Eu gosto da cidade, quero ajudar, fazer a parte social, não estaria cobrando ingresso e fazendo isso. Fiquei triste por ser uma briga política. A cidade abraçou, vamos continuar trabalho”, disse o proprietário.