Catarinense está entre as 7 vítimas da chacina em bar de Sinop (MT)

Adriano Balbinote, de 46 anos, estava sentado tomando uma cerveja quando a confusão começou; ele era natural de Xanxerê, no Oeste.

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O catarinense Adriano Balbinote, de 46 anos, está entre as sete vítimas da chacina em um bar de Sinop/MT, a 500 km de Cuiabá, na tarde de terça-feira (21). Natural de Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, ele morava há 23 anos no município mato-grossense.

Adriano estava sentado tomando cerveja quando dois homens armados renderam pessoas que estavam no bar. Um deles matou as vítimas com tiros de espingarda calibre 12 mm. O xanxerense até tentou correr, mas acabou atingido pelas costas e caiu na calçada. Câmeras de monitoramento do bar flagraram toda a ação.

A prima de Adriano, Manoela Aparecida Baggio, de 46 anos, que vive em Xanxerê, contou ao ND+ detalhes sobre a infância e a relação que possuía com ele. As mães de Manoela e Adriano são irmãs e os dois estudaram juntos até a terceira série, em uma escola localizada na comunidade Pesqueiro de Cima, no interior de Xanxerê.

Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução/ND

Dividíamos a carteira na escola e morávamos perto. Nossa infância sempre foi próxima”, lembra.

Aos 9 anos, Manoela foi morar com os pais na cidade de Xanxerê e Adriano permaneceu no interior até os 23 anos, quando se mudou para o Mato Grosso com os pais e o dois irmãos mais novos.

Busca por uma vida melhor

“Foram em busca de uma vida melhor. Meus tios gostaram de Sinop, venderam tudo aqui e foram tentar a vida lá. Compraram uma chácara e construíram casas para alugar. Meu pai foi ajudar eles a construírem as casas. O pai e a mãe dele vivem do aluguel das casas e da aposentadoria”, conta.

A prima revela que Adriano nunca se casou e nem teve filhos. Ele morava com os pais e sempre foi o braço direito para tudo. “Teve dificuldades para andar e falar quando era criança devido a um problema ainda na gestação da mãe dele. Hoje ele levava uma vida normal, apesar de algumas pequenas limitações”, explica.

Adriano havia se aposentado recentemente e construiu uma casa para alugar. Segundo Manoela, trabalhava com serviços gerais em vários lugares. “Ele não tinha emprego fixo, mas sempre trabalhou. Ajudava muito em casa. Sempre foi prestativo”.

A última vez que Manoela falou com o primo foi no dia 4 de outubro, no aniversário de 46 anos de Adriano. “Liguei para desejar os parabéns. Era uma pessoa muito alegre, onde estava não tinha tristeza. Adorava uma festa. Eles vinham para cá com frequência, não ficavam mais de dois anos sem visitar a família”.

A notícia da morte

Manoela ficou sabendo da morte de Adriano por outro primo que também se mudou para Sinop para trabalhar. “Para nós foi um choque muito grande, ainda mais do jeito que aconteceu, atiraram nele pelas costas. Está sendo muito doloroso, porque não vamos poder estar perto dos nossos primos e tios neste momento difícil”, comentou.

Segundo a prima, Adriano ia ao bar todos os dias. “Ficava uma quadra de distância da casa deles. Ele era muito querido por todos lá. Não era de se envolver em briga, era muito amigo. Pelo que ficamos sabendo, os dois homens que mataram já eram criminosos e até foram presos em outras ocasiões. É muito triste tudo isso”, concluiu.

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