Caso Isabelly: mãe e padrasto já eram investigados antes de homicídio

Casal espancou a menina até a morte em Indaial.

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Foto: Reprodução/Redes sociais
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Na quarta-feira (6), a cidade de Indaial, no Vale do Itajaí, ficou marcada pela morte brutal de Isabelly de Freitas, de 3 anos. Mãe e padrasto confessaram ter espancado a menina e depois se livrado do corpo nas proximidades da BR-470.

A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Indaial, com atribuição na área da infância e juventude, já havia iniciado uma apuração de possíveis maus-tratos contra Isabelly e seu irmão, um menino de 7 anos, em procedimento instaurado a partir de relatório do Conselho Tutelar. As denúncias que originaram a atuação da rede eram anônimas.

O promotor de Justiça, Djônata Winter, explicou que estavam em contato com a Polícia Civil para acompanhar os desdobramentos em torno do suposto desaparecimento da menina.

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“Tivemos a informação da provável autoria do padrasto e da mãe e mais tarde a confirmação do encontro do corpo da vítima. O Ministério Público fez uma representação ao judiciário requerendo a prisão temporária do casal. Essa prisão visa evitar eventual interferência deles nas investigações, até mesmo por toda a narrativa que eles criaram desde segunda-feira, no sentido que poderia ter sido um sequestro, um desaparecimento”.

O requerimento foi analisado e aprovado pela Vara Criminal da Comarca de Indaial durante a noite de quarta-feira (6), sendo cumpridos os mandados de prisão dos suspeitos.

Conselho Tutelar já havia recebido denúncias de maus-tratos contra menina e seu irmão

Conforme o promotor, o Conselho Tutelar havia recebido denúncias anônimas a respeito de eventual situação de maus-tratos, as quais eram mais focadas no irmão da vítima.

“Foram empreendidas diligências e informada à 1ª Promotoria de Indaial a respeito do caso, que inclusive instaurou um procedimento preliminar para tentar reunir informações a respeito até confirmar essa denúncia para que, se fosse o caso, solicitar uma medida de proteção”, explicou.

Segundo Winter, os órgãos da rede de proteção do município estavam atuando no caso, mas tiveram dificuldades pela forma como o casal agiu. Os dois não aderiram as recomendações de encaminhamento para o Creas (Centro de Referência de Assistência Social).

“O fato deles terem se mudado de casa há duas semanas, sem comunicar os órgãos, também gerou uma dificuldade de, novamente, localizar a família e ver a situação. Infelizmente, a situação acabou evoluindo para esse final trágico”, disse o promotor.

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O Conselho Tutelar de Indaial foi procurado pelo Portal ND Mais e informou que “todas as medidas de competência do Conselho Tutelar foram tomadas, já encaminhamos ao Ministério Público e a Polícia Civil tudo o que foi solicitado”.

Fonte:

ND+

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