Caso do corpo em freezer está em fase de alegações finais e acusação pede júri popular

Claudia Hoeckler é autora confessa de assassinar o marido, Valdemir Hoeckler.

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O processo do caso que envolve Claudia Hoeckler, 40 anos, autora confessa de assassinar o marido, Valdemir Hoeckler, aos 52 anos, e colocá-lo no freezer, está em fase derradeira, na etapa das alegações finais. A acusação e o Ministério Público de Santa Catarina já fizeram suas manifestações. Agora, as alegações serão apresentadas pela defesa de Claudia.

As informações são de Álvaro Alexandre Xavier, assistente de acusação e advogado da família de Valdemir Hoeckler, 52 anos, encontrado morto em Lacerdópolis em novembro do ano passado, em entrevista ao Portal Eder Luiz. Claudia foi denunciada pelo MPSC. Ela está presa o presídio feminino em Chapecó.

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Conforme o advogado, a acusação retificou todos os termos já feitos na denúncia. Ou seja, ela é acusada de homicídio doloso, com duas qualificadoras, tornando-se crime hediondo. Segundo Xavier, a acusação pede que Claudia seja submetida a júri popular.

Nestes próximos dias, será aberto o prazo para que a defesa da denunciada apresente as suas alegações finais. Depois disso, deve sair a sentença de pronúncia, informa o advogado de acusação. Se não houver recursos, ele acredita que o júri ocorrerá ainda neste ano.

Saindo a sentença de pronúncia, que acreditamos que saia a pronúncia, porque tá bem clara a autoria e a materialidade do delito, se não houver nenhum recurso por parte da defesa, em relação aos termos da pronúncia, o júri ocorrer, acredito, neste ano. Acreditas que a pronúncia seja positiva, disse.

Termos da acusação

Claudia é denunciada no artigo 121, que versa sobre matar alguém, se enquadrando no parágrafo segundo, com as seguintes qualificadoras: inciso terceiro, que é o emprego de veneno, asfixia, fogo, tortura ou meio cruel; também na qualificadora atração de emboscada ou mediante dissimilação ou outro recurso que dificulte a defesa da vítima.

Ela também é denunciada no artigo 211 do código penal, que está relacionado à destruição, subtração ou ocultação de cadáver e ainda por falsidade ideológica.

O advogado ainda explica que o crime dela ocorreu com o concurso material, quando o agente pratica dois ou mais crimes distintos, mediante mais de uma ação. Por isso, as penas dela deverão ser somadas por cada uma das qualificadoras acrescidas na denúncia. 

Segundo a denúncia, Claudia teria dopado o marido com medicamentos de rotina para que ele dormisse. Na sequência, amarrou pelos pés, pernas e braços até imobilizá-lo. Por fim, a mulher colocou uma sacola plástica na cabeça da vítima e apertou com pedaços de borracha para impedir a passagem do ar, provocando sua morte.

O caso

O corpo de Valdemir foi encontrado na noite do dia 19 de novembro. Ele estava desaparecido desde o dia 14, quando não apareceu para trabalhar. As buscas iniciaram no dia 15, nas redondezas do local onde teria desaparecido. Policiais militares, Corpo de Bombeiros, moradores e voluntários participaram das buscas.

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No dia 18 de novembro a esposa da vítima foi até a Delegacia de Polícia Civil prestar depoimento. Segundo Bonamigo, algumas lacunas ficaram em aberto, sem respostas plausíveis.

“Em seu depoimento, a mulher de Valdemir consentiu e autorizou a realização de perícia no interior da sua casa para a noite do dia 19. No entanto, horas antes da perícia chegar ao local, a polícia tomou conhecimento de que a esposa da vítima havia fugido. Alguns moradores informaram que a casa havia sido trancada como nunca havia ocorrido antes”, disse o delegado.

Diante dos fatos, a polícia começou a acreditar que o corpo poderia estar ocultado na própria casa. Após iniciar as buscas, foi encontrado congelado no interior do freezer.

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