Casal de Capinzal que adotou duas crianças é exemplo do poder transformador da adoção

História traz importantes reflexões para o Dia Nacional da Adoção, comemorado neste 25 de maio.

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Neste Dia Nacional da Adoção, celebrado em 25 de maio, histórias de amor, resiliência e esperança ganham destaque. Em Capinzal, Santa Catarina, a moradora Ivani Maria Almeida compartilha sua emocionante trajetória de adoção de duas crianças, que hoje, já adultos, formam uma família plena de amor e conquistas.

Ivani não gerou seus filhos biologicamente, mas a gestação simbólica foi intensa e prolongada. Eu não gerei meus filhos, mas a gestação ocorreu de forma simbólica. E não foram só 9 meses, foram 19 meses de muita angústia, relembra. Durante esse período, a preocupação com o bem-estar das crianças era constante. De pensar se estavam com frio, fome, algum desconforto ou mesmo alguma dor. Ou também se estavam num abrigo com cuidados e nutridos.

O processo de adoção, repleto de desafios, culminou em um parto simbólico quando as crianças, então com 2 e 4 anos, chegaram aos braços de Ivani e seu esposo. Eles chegaram com 2 e 4 anos. E não foram para casa conosco em dois ou três dias, foram após 90 dias. Mas já tínhamos contato (fase de adaptação nos processos de adoção). Ivani conta que o vínculo afetivo foi imediato: O que às autoridades não sabiam é que o vínculo já ocorreu no primeiro encontro. Foi amor à primeira vista, ao primeiro toque, ao primeiro sorriso.

A cada visita ao abrigo, o coração de Ivani se apertava ao deixar os filhos. No entanto, em janeiro, a família pôde finalmente levar as crianças para casa, onde, com o apoio de familiares, padrinhos, amigos, escola e a comunidade, as crianças foram recebidas com carinho e acolhimento. Foram tão aquecidos seus coraçõezinhos que logo esqueceram seus dias difíceis. No abrigo não quiseram mais ir nem pra visitar.

Hoje, os filhos de Ivani têm 20 e 19 anos, e a felicidade da família é evidente. Sou grata, pois aquele espaço os acolheu e tratou alguns machucados superficiais. Porém, foi nosso lar, nossa rede de apoio que curou e continua curando seus machucados mais profundos.

A história de Ivani reflete o poder transformador da adoção, que vai além de oferecer um lar. Acreditem só o amor e o respeito transformam nossas vidas, afirma Ivani emocionada. Somos felizes e eles se parecem conosco, sim é claro que sim, nos defeitos e nas qualidades.

Dados recentes sobre a adoção no Brasil mostram que ainda há muitos desafios a serem enfrentados. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aproximadamente 30 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos no país. Desses, cerca de 5 mil estão aptos para adoção, enquanto mais de 30 mil famílias estão habilitadas para adotar. A discrepância entre esses números se deve, em parte, às preferências por perfis específicos, como idade e ausência de irmãos, o que dificulta a adoção de muitas crianças e adolescentes.

O Dia Nacional da Adoção serve como um lembrete da importância de sensibilizar a sociedade sobre o acolhimento de crianças e adolescentes que esperam por uma família. Histórias como a de Ivani Maria Almeida mostram que, apesar dos desafios, a adoção é um ato de amor que transforma vidas para sempre.

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