O governo de Santa Catarina publicou um edital para credenciar leitos de UTI pediátricos e neonatais já existentes para que sejam colocados a serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) por ao menos 90 dias. Nesta quinta-feira (8), sete dias após a abertura do chamado público, o Estado tinha quatro de sete regiões de saúde sem vagas para crianças, cenário de lotação que se estende desde maio.

A contratação busca parcerias com os hospitais públicos e também os privados com ou sem fins lucrativos. As unidades terão até 30 de junho para manifestar interesse.

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Quem estiver habilitado ao acordo assinará contrato com validade inicial de três meses, que poderá ser prorrogado por mais 90 dias a depender da necessidade da Secretária de Estado da Saúde (SES-SC). O edital não define um número de leitos que poderão ser contratados.

No fim de maio, a secretária estadual de Saúde, Carmen Zanotto, já havia adiantado, em entrevista à CBN Floripa, a estratégia do governo em contratar leitos de unidades que até então não prestavam serviços ao SUS, citando o iminente acerto com o Hospital Imigrantes, de Brusque, pela disponibilização de 30 vagas.

Cenário de lotação

Na manhã desta quinta, Santa Catarina tinha disponíveis apenas quatro de seus 131 leitos públicos de UTI para crianças. Estavam lotados os hospitais infantis das regiões de saúde do Grande Oeste, Meio-Oeste e Serra, Grande Florianópolis e Sul catarinense, que somam 58 vagas de UTI pediátricas juntas.

No caso dos pacientes bebês, estavam desocupados 30 de 250 leitos. Ainda assim, as regiões de saúde do Grande Oeste e da Foz do Rio Itajaí estavam 100% lotadas, com 20 e 15 vagas neonatais, respectivamente.

A gestão Jorginho Mello (PL) afirma que a rede de saúde é pressionada por casos de dengue e doenças respiratórias, agravadas pela baixa cobertura vacinal.