Anvisa orienta suspensão imediata da vacina da AstraZeneca para grávidas
Bula atual da vacina não recomenda o uso do imunizante sem orientação médica.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, nesta segunda-feira (10), a suspensão imediata do uso da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz em gestantes.
De acordo com a Anvisa, a orientação de suspensão é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país.
O uso 'off label' de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica, informou a Anvisa, na noite desta segunda-feira.
Ministério da Saúde avalia pedido da Anvisa
A Anvisa enviou na última semana um ofício ao Ministério da Saúde para que a pasta reveja a decisão de liberar a vacinação contra Covid-19 para grávidas.
O Ministério da Saúde informou que está analisando o pedido. O ministro Marcelo Queiroga disse que o Plano Nacional de Imunizações está avaliando o caso da vacinação em grávidas.
Trombose
O Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro investigam o caso de uma mulher grávida que tomou a vacina da Covid-19 Oxford/AstraZeneca e desenvolveu quadro de trombose. A investigação é sobre o histórico de saúde da paciente e se é possível estabelecer uma relação entre a aplicação da vacina e o efeito adverso.
A formação de coágulos como efeito colateral da vacina de Oxford foi incluída na bula do imunizante, mas é um evento adverso considerado muito raro.
Em nota, a AstraZeneca informou que “não tem comentários sobre o tema”, porque “não foram realizados estudos em mulheres grávidas.”