Acusado de matar mulher e queimar o corpo é condenado a 15 anos de prisão

Crime aconteceu em fevereiro de 2023 em Ipira.

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O Tribunal do Júri de Capinzal condenou Ariel Vieira Molina a 15 anos de reclusão em regime inicial fechado pelo homicídio de sua companheira Lorimar Lutkemeier. O crime ocorreu em 12 de fevereiro de 2023, na Avenida XV de Agosto, em Ipira. A sentença foi proferida nesta quinta-feira (15) no plenário da Câmara de Vereadores de Ouro.

O julgamento começou às 9h e se estendeu até às 20h02min, quando a Juíza Jéssica Evelyn Campos Figueredo Neves anunciou a decisão. O corpo de jurados, composto por sete mulheres, considerou Ariel culpado por homicídio triplamente qualificado, feminicídio e ocultação de cadáver.

O advogado de defesa, Lucas Melere Bittencourt, declarou que, embora haja uma visão divergente em relação à acusação, respeita a decisão soberana do júri. Ele informou que estará analisando o processo para avaliar a melhor estratégia de recurso.

Por outro lado, o promotor Douglas Dellazari expressou satisfação com o veredicto e destacou que os jurados acolheram as teses do Ministério Público, proporcionando uma resposta eficaz à sociedade. Ele explicou que o crime foi qualificado por motivo torpe e interesse patrimonial, além de ter sido cometido de forma cruel, através de esganadura que causou asfixia mecânica. Também foi caracterizado como feminicídio por ter ocorrido no ambiente doméstico e familiar, considerando que o casal mantinha um relacionamento íntimo há cerca de 5 a 7 meses. A ocultação de cadáver também foi confirmada como delito.

Relembre

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Ariel cometeu o crime em fevereiro de 2023 na residência situada na Avenida XV de Agosto, em Ipira. Após um desentendimento com Lorimar, de 59 anos, Ariel a agrediu com um tapa e a estrangulou até a morte.

O Ministério Público alegou que o homicídio foi motivado por interesses patrimoniais. Ariel utilizava o patrimônio da vítima para suas despesas pessoais, acumulando dívidas em seu nome, e tinha acesso ao veículo, às senhas do telefone celular e ao cartão bancário de Lorimar.

Após o crime, Ariel se apropriou do celular da vítima e realizou compras de bebidas alcoólicas e drogas através de pagamentos via Pix. O corpo de Lorimar permaneceu na residência por dois dias antes de ser removido.

Em 14 de fevereiro de 2023, o acusado transportou o cadáver, enrolado em um cobertor e dentro de um Fiat Palio pertencente à vítima, até um antigo porto próximo à UHE Machadinho, em Piratuba. Lá, ele ateou fogo ao corpo e, após a combustão, descartou parte dos ossos no leito do rio e o restante no local.

Natural de Machadinho (RS), Ariel foi detido pela polícia alguns dias após o crime e estava no Presídio Regional de Joaçaba até o momento da condenação. Mesmo que a defesa recorra da sentença, ele permanecerá preso, não podendo apelar em liberdade.

Fonte: Capinzal


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Capinzal FM

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