O Poder Judiciário da Comarca de Capinzal realizou na manhã desta sexta-feira, dia 09, no Centro Educacional Prefeito Celso Farina, o terceiro júri popular do ano. 

No banco dos réus esteve Solange Stein Dannebrock acusada de matar o ex-marido Altair Dannebrock em agosto de 2012, no interior de Ipira. A acusação era de homicídio qualificado. 

A sessão iniciou às 09h e a sentença foi prolatada pouco depois do meio dia pelo Juiz Daniel Radünz. Solange foi condenada a 08 anos de prisão em regime semiaberto e poderá recorrer em liberdade. 

Na acusação atuou o promotor Elias Albino de Medeiros Sobrinho e na defesa o advogado Marco Antônio Vasconcelos Junior.

“Foi um debate tranquilo, não houve nenhuma discussão acalorada e a acusação pediu a condenação da acusada por homicídio qualificado e privilegiado, de modo que, tendo em vista que a defesa também pediu a condenação pelos mesmos motivos, os debates encerraram cedo e a sentença foi proferida de forma rápida”, avaliou o promotor Elias.

“Ficamos felizes com resultado e fomos surpreendidos com a tese de acusação pedindo o reconhecimento do privilégio, uma situação que a nosso ver estaria clara. Mas como Tribunal do Júri normalmente a embates, muitas vezes acalorados, dessa vez não aconteceu isso. O resultado foi excelente para nossa cliente que tem uma família nova e ficou claro que a justiça foi feita e que ela não era a pessoa má da história”, avaliou do advogado Marco Antônio Vasconcelos Junior.

Sobre a tentativa de absolvição ele disse que “Era muito complicada porque a prova do processo deu uma enfraquecida. Então quando o fato aconteceu ela tinha um cenário que foi trazido pela polícia, mas em juízo essa prova não se replicou e o fato desse prova não ter se replicado nós não temos condições de sustentar com tanta clareza a absolvição. Acho que o privilégio que diminui a pena reconhece que não é um crime hediondo, ficou de bom tamanho”, concluiu.