94% das obras de infraestrutura estão com prazo expirado ou o andamento comprometido em SC

Esse percentual é relativo a 35 obras, monitoradas pela FIESC, que totalizam R$ 9 bilhões.

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Foto: Roberto Zacarias/Secom
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Monitoramento da Federação das Indústrias (FIESC) mostra que 94% das 35 obras de infraestrutura de transportes acompanhadas pela entidade estão com o prazo expirado ou com o andamento comprometido. Esse conjunto de obras totaliza R$ 9 bilhões e é relativa aos modais rodoviário (R$ 8,1 bi), ferroviário (R$ 154 milhões), aquaviário (R$ 597 milhões) e aeroviário (R$ 150 milhões).

Os dados foram apresentados pelo presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar, em painel no Congresso dos Municípios (COMAC), promovido pela Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios (FECAM), nesta quinta-feira, dia 28, em São José.

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“Isso nos preocupa muito. Os investimentos precisam ser acelerados para que tenhamos uma infraestrutura adequada, que acompanhe o crescimento de Santa Catarina”, disse Aguiar, ressaltando a importância do Programa Estrada Boa, do governo estadual, que prevê o aporte de R$ 2,16 bilhões, além dos cerca de R$ 1,3 bilhão previstos no orçamento federal para obras nas BRs.

Em sua apresentação, o presidente da FIESC observou que a falta de infraestrutura impacta o custo logístico. Pesquisa da FIESC e da UFSC mostra que o custo do transporte da indústria catarinense passou de R$ 0,04 por real faturado em 2017 para R$ 0,07 por real faturado em 2022. “Houve uma elevação de 75% no custo de transporte, ocasionado, principalmente, pela precariedade da malha rodoviária catarinense”, afirmou. A pesquisa indica, ainda, que a redução de 1 centavo no custo logístico catarinense representaria uma economia de cerca de R$ 4,5 bilhões por ano.

Durante o painel, o superintendente do DNIT-SC, Alysson Rodrigo de Andrade, apresentou um mapa das principais obras em execução e informou que, para 2023, o órgão dispõe de R$ 825 milhões para construção de estradas e R$ 447 milhões para manutenção delas. “A nossa economia depende da qualidade das nossas estradas. Temos que pensar no crescimento e na ampliação de capacidade porque nosso estado cresce e a demanda pelo modal rodoviário também”, disse.  

Também participaram do encontro o secretário-adjunto de Infraestrutura, Ricardo Grando, e o diretor-executivo da Fetrancesc, Renato Macedo.

Fonte:

FIESC

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