Colapso climático já começou: ONU alerta para fase intensa do comportamento climático no mundo
Assunto foi destaque na imprensa internacional e chama a atenção para o problema.
O colapso climático já começou. A frase atribuída ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na tentativa de quebrar a apatia diante de um desastre ambiental, foi um dos destaques da imprensa francesa na última semana.
O alerta ocupa toda a primeira página do jornal Libération, que destaca o calor anormal na França, chuvas diluvianas na Grécia e na Espanha, depois do verão mais quente em 120 mil anos. Marcado por fenômenos extremos de calor, numerosos incêndios e poluição do ar, o último trimestre foi o mais quente da história da humanidade, segundo o observatório europeu do clima, Copernicus, com uma média de 16,77° Celsius.
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Os recordes de temperatura foram registrados nos hemisférios norte e sul e o ano de 2023 deverá superar o calor extremo de 2016, até agora o ano mais quente já vivido pelo homem. Além disso, a temperatura da superfície do mar também está excepcionalmente elevada.
Na quarta-feira (6), 45 departamentos franceses estiveram em alerta para o calor. E hoje será mais um dia excepcionalmente quente, com máximas previstas de 37°C, com possibilidade de picos de até 40°C em algumas regiões, de acordo com a Météo France.
Dependência suicida
A solução já é conhecida, destaca o diário: sairmos de nossa dependência suicida aos combustíveis fósseis, responsáveis por mais de 80% das emissões de gases de efeito estufa.
O assunto também é destaque no diário econômico francês Les Echos, que analisa a declaração final da primeira Cúpula Africana para o Clima, ocorrida em Nairobi, no Quênia, três meses antes da COP 28. Os dirigentes de países africanos apelam a um forte estímulo ao financiamento externo para aumentar em seis vezes a quantidade de energia produzida a partir de fontes renováveis, até o fim desta década. Um desafio colossal, segundo o artigo, quando um em cada dois africanos não tem sequer eletricidade em casa.
Abrigando 20% da população mundial, a África conta com apenas 2% dos recursos mundiais para energias limpas, aponta o texto. Já os recursos necessários para projetos de adaptação às mudanças climáticas são estimados em € 93 bilhões por ano.